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segunda-feira, 3 de março de 2014

Em evento religioso, arcebispo dom Aldo Pagotto volta a criticar namoros gays na televisão

Além da Santa Missa, a programação do primeiro dia de evento foi concluída com os shows da missionária da Comunidade de São Pio 10º, Luceana Ribeiro, e do missionário da Canção Nova (SP), Ricardo Sá.

 

Durante a Santa Missa deste domingo, dia 2, na programação do '17º Crescer – O Encontro da Família Católica', o Arcebispo da Paraíba, dom Aldo Pagotto, ressaltou a importância da família cristã e criticou as novelas afirmando que “estão querendo destruir o valor do matrimônio. A família natural é formada por homem e mulher”. O Arcebispo falou ainda que “não se deve agir contra a natureza e se construir uma família como uma igreja doméstica”.
Durante a pregação, outro tema abordado por dom Aldo foi o individualismo. “Não podemos servir a Deus e ao dinheiro. Não sirvam ao dinheiro como se ele fosse Deus. Quando pensar em crescimento, pense no próximo e não apenas em si”, ressaltou Pagotto.

Além da Santa Missa, a programação do primeiro dia de evento foi concluída com os shows da missionária da Comunidade de São Pio 10º, Luceana Ribeiro, e do missionário da Canção Nova (SP), Ricardo Sá.

O 17º Crescer continua nesta segunda-feira (3), a partir das 8h com o Santo Terço, pregações, momentos de louvor, adoração ao Santíssimo Sacramento e o Crescer com as Crianças. A Santa Missa será celebrada a partir das 16h pelo bispo diocesano de Guarabira, dom Francisco Lucena. O evento acontece até a próxima terça-feira, dia 4, no Clube Campestre.

Fonte: GiroPb e Wscom

A manobra de Joaquim Barbosa para condenar os réus do mensalão

Ministro-presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa
Barbosa acabava de admitir abertamente o que o ministro Luís Roberto Barroso dizia com certos pudores. A pena para os condenados pelo crime de formação de quadrilha no julgamento do mensalão foi calculada, por ele, Barbosa, para evitar a prescrição. Por tabela, disse Barroso, o artifício matemático fez com que réus que cumpririam pena em regime semiaberto passassem para o regime fechado.

A assertiva de Barroso não era uma abstração ou um discurso meramente político. A mesma convicção teve, para citar apenas um, o ministro Marco Aurélio Mello. Em seu voto, ele reconheceu a existência de uma quadrilha, mas considerou que as penas eram desproporcionais. E votou para reduzi-las a patamares que levariam, ao fim e ao cabo, à prescrição. Algo que Barbosa há muito temia, como se verá a seguir.

Foi essa suposição de Barroso que principiou a saraivada de acusações e insinuações do presidente do STF contra os demais ministros. Eram 17h33, quando Barroso apenas repetiu o que os advogados falavam desde 2012 e que outros ministros falavam em caráter reservado.

Joaquim Barbosa acompanhava a sessão de pé, reticente ao voto de Barroso, mas ainda calmo. Ao ouvir a ilação, sentou-se de forma apressada e puxou para si os microfones que ficam à sua frente. Parecia que dali viria um desmentido categórico, afinal a acusação que lhe era feita foi grave.

Mas Joaquim Barbosa não repeliu a acusação. Se o fizesse, de fato, estaria faltando com a sua verdade, não estaria de acordo com a sua consciência. Três anos antes, em março de 2011, Joaquim Barbosa estava de pé em seu gabinete. Não se sentava por conta do problema que ainda supunha atacar suas costas. Foi saber depois, que suas dores tinham origem no quadril.

A porta mal abrira e ele iniciava um desabafo. Dizia estar muito preocupado com o julgamento do mensalão. A instrução criminal, com depoimentos e coleta de provas e perícias, tinha acabado. E, disse o ministro, não havia provas contra o principal dos envolvidos, o ministro José Dirceu. O então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, fizera um trabalho deficiente, nas palavras do ministro.

Piorava a situação a passagem do tempo. Disse então o ministro: em setembro daquele ano, o crime de formação de quadrilha estaria prescrito. Afinal, transcorreram quatro anos desde o recebimento da denúncia contra o mensalão, em 2007. Barbosa levava em conta, ao dizer isso, que a pena de quadrilha não passaria de dois anos. Com a pena nesse patamar, a prescrição estaria dada. Traçou, naquele dia em seu gabinete, um cenário catastrófico.

O jornal O Estado de S. Paulo publicou, no dia 26 de março de 2011, uma matéria que expunha as preocupações que vinham de dentro do Supremo. O título era: "Prescrição do crime de formação de quadrilha esvazia processo do mensalão".

Dias depois, o assunto provocava debates na televisão. Novamente, Joaquim Barbosa, de pé em seu gabinete, pergunta de onde saiu aquela informação. A pergunta era surpreendente. Afinal, a informação tinha saído de sua boca. Ele então questiona com certa ironia: "E se eu der (como pena) 2 anos e 1 semana?".

Barroso não sabia dessa conversa ao atribuir ao tribunal uma manobra para punir José Dirceu e companhia e manter vivo um dos símbolos do escândalo: a quadrilha montada no centro do governo Lula para a compra de apoio político no Congresso Nacional. Barbosa, por sua vez, nunca admitira o que falava em reserva. Na quarta-feira, para a crítica de muitos, falou com a sinceridade que lhe é peculiar. Sim, ele calculara as penas para evitar a prescrição. "Ora!"

Fique por dentro em http://bit.ly/1kMRVYK

Fonte: O Estado de São Paulo